Posso tomar sol durante o tratamento de varizes ? – Dra. Nelise Marvulo Skip to main content

Se você está em tratamento para varizes, é comum que se pergunte se pode tomar sol durante esse período. Afinal, muitas pessoas adoram se bronzear e se refrescar na praia ou piscina nos dias quentes do ano. No entanto, é importante lembrar que tomar sol pode afetar os resultados e a evolução do seu tratamento.

Frequentemente o uso de meias de compressão é indicado pelo seu médico vascular para ajudar a melhorar a circulação sanguínea nas pernas e para prevenir algumas complicações possíveis durante o tratamento de varizes e vasinhos. O calor pode dificultar a adesão ao uso das meias, uma vez que, em geral, não fazem uma boa composição com as vestimentas mais usadas em dias quentes. Além disso, o clima quente e a exposição ao sol podem piorar sintomas das varizes, como inchaço e dor.

Outra ação indesejada da exposição solar durante o seu tratamento vascular é o ressecamento e aumento do processo inflamatório na pele. O excesso de inflamação pode favorecer a produção e fixação da melanina na pele, pigmentando/manchando o trajeto do vaso tratado.

Portanto, se você está em tratamento para varizes e quer aproveitar o sol, é importante seguir algumas recomendações: dê preferência para os horários de sol mais fraco, antes das 10h e após às 16h; utilize protetor solar com fator de proteção adequado e evite a exposição prolongada ao sol; se possível, use roupas com proteção UV cobrindo as áreas em tratamento, especialmente se estiverem com hematomas e marcas; hidrate bem a pele antes, durante e após a exposição ao sol; e, caso fique com a pele vermelha e irritada após a exposição solar, aguarde cerca de 30 dias antes de fazer nova visita para tratamento com seu vascular. Além disso, é fundamental seguir as orientações dele em relação ao uso das meias de compressão e a prática de atividades físicas.

Lembre-se sempre de que o tratamento para varizes requer cuidados e atenção, mas isso não significa que você precisa abrir mão do seu estilo de vida. Com algumas precauções, é possível aproveitar o sol e cuidar da saúde das suas pernas ao mesmo tempo.

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A obstrução do fluxo de sangue dentro de uma veia por um trombo (sangue na forma sólida) caracteriza a trombose venosa. Em geral esse problema acontece por alteração na consistência do sangue, na velocidade de fluxo dele dentro do vaso ou por lesões diretas na parede da veia. Tais situações podem ser encontradas em pacientes acamados, imobilizados, submetidos a cirurgias longas, pacientes que receberam medicações endovenosas, que sofreram algum traumatismo nos membros, que tiveram infecções graves, doenças do sangue, pacientes com câncer ou em tratamentos oncológicos, gestantes ou pacientes em uso de hormônios, etc. A trombose venosa pode causar inchaços, normalmente acometendo apenas um dos membros, de forma súbita, com piora progressiva, sem melhora com o repouso, acompanhado de dor no membro, podendo ter surgimento de vasos mais evidentes sob a pele e alterações na cor do membro, que pode ficar mais avermelhado ou azulado. No entanto, alguns pacientes não apresentam nenhum sintoma desses e a suspeita deve ser feita quando existe a presença de algum dos fatores de risco já mencionados anteriormente. Seu diagnóstico e tratamento são importantes pois, na fase aguda, existe um risco do trombo/coágulo se desprender da veia e migrar para os vasos do pulmão, causando a temida embolia pulmonar, que pode ser fatal. Na fase tardia, a trombose pode evoluir com um quadro chamado Síndrome pós-trombótica, com aparecimento de inchaço, varizes, escurecimento da pele da perna, alterações na espessura da pele e até surgimento de úlceras de difícil cicatrização. O tratamento, na maioria das vezes, é feito em casa com medicações orais denominadas anticoagulantes a fim de evitar o aumento dos coágulos e facilitar a estabilização dos mesmos. Além disso, o uso de meias elásticas de compressão, orientações quanto a correta execução de atividades físicas e cuidados com a pele são fundamentais para uma boa evolução e qualidade de vida!

As causas de dores nas pernas são inúmeras e uma das mais frequentes é a doença venosa (Insuficiência Venosa Crônica). A compreensão dos hábitos de vida de cada paciente, do seu histórico de saúde e comorbidades atuais, bem como um exame físico e ultrassonográfico com doppler detalhado permitem a diferenciação do diagnóstico e a proposta de tratamentos eficazes e possíveis de serem realizados no dia-a-dia de cada um.

Os equipamentos de realidade aumentada iluminam a área de interesse na pele com uma luz infravermelha inofensiva que, devido às suas características, é absorvida pelo sangue . Por causa dessa absorção, uma ”imagem” da posição do vaso pode ser representada na pele da área onde há a maior concentração de sangue (no caso, as veias). Essa representação facilita identificarmos veias nutridoras de vasinhos e telangiectasias, não visíveis a olho nu por estarem sob a pele e não identificadas ao ultrassom por serem muito superficiais e pequenas para serem definidas pela tecnologia ultrassonográfica.

A adequada visualização dessas veias nutridoras facilita a sua punção durante o tratamento, permitindo a identificação do vaso e acompanhamento em tempo real da injeção das substâncias esclerosantes em sua luz, levando a melhor precisão na punção, menor quantidade de punções e mais eficácia no tratamento. Permite, junto com a associação de exame físico adequado e utilização do ultrassom doppler, que todas as veias envolvidas no quadro apresentado por cada paciente sejam tratadas adequadamente.

Outra utilidade da realidade aumentada é facilitar a marcação das veias a serem retiradas nos procedimentos cirúrgicos de tratamento de varizes. Essa tecnologia permite que as incisões sejam feitas com exatidão, minimizando sangramentos, hematomas e cicatrizes, com recuperação mais rápida e excelentes resultados estéticos e funcionais da cirurgia.