Saúde vascular na gravidez? – Dra. Nelise Marvulo Skip to main content

A maternidade é uma fase especial na vida de uma mulher, mas também pode trazer algumas preocupações em relação à saúde vascular. Durante a gestação, é comum que ocorram mudanças no corpo que afetam a circulação sanguínea, como o aumento do volume de sangue, o aumento da pressão arterial e a compressão das veias na região pélvica. Esses fatores podem aumentar o risco de desenvolvimento de varizes, trombose venosa profunda e outras condições vasculares.

Por isso, é fundamental que as gestantes cuidem bem de sua saúde vascular durante essa fase. Aqui estão algumas dicas importantes:

 

  1. Faça exercícios físicos adequados: a prática regular de atividades físicas pode ajudar a melhorar a circulação sanguínea e reduzir o risco de desenvolvimento de varizes. Consulte seu médico para orientações sobre os exercícios mais adequados para você.
  2. Use meias de compressão graduada: as meias de compressão podem ajudar a melhorar o retorno venoso e prevenir o surgimento de varizes e outros problemas vasculares.
  3. Mantenha uma dieta equilibrada: uma alimentação saudável e balanceada pode ajudar a prevenir o aumento de peso excessivo e reduzir o risco de hipertensão, que pode prejudicar a circulação sanguínea.
  4. Evite ficar sentada ou em pé por períodos prolongados: quando a gestante fica muito tempo na mesma posição, o sangue pode acumular nas pernas e aumentar o risco de desenvolvimento de varizes. É recomendável fazer pausas regulares para caminhar e movimentar as pernas.
  5. Consulte um médico vascular: é importante fazer um acompanhamento com um especialista em saúde vascular durante a gestação para prevenir e tratar precocemente possíveis complicações.

Lembre-se de que cada gestação é única, por isso é importante conversar com o seu obstetra e seu médico vascular sobre as melhores opções de prevenção e tratamento para a sua situação específica. Cuidar da saúde vascular na maternidade é essencial para garantir o bem-estar da mãe e do bebê.

Leave a Reply

A obstrução do fluxo de sangue dentro de uma veia por um trombo (sangue na forma sólida) caracteriza a trombose venosa. Em geral esse problema acontece por alteração na consistência do sangue, na velocidade de fluxo dele dentro do vaso ou por lesões diretas na parede da veia. Tais situações podem ser encontradas em pacientes acamados, imobilizados, submetidos a cirurgias longas, pacientes que receberam medicações endovenosas, que sofreram algum traumatismo nos membros, que tiveram infecções graves, doenças do sangue, pacientes com câncer ou em tratamentos oncológicos, gestantes ou pacientes em uso de hormônios, etc. A trombose venosa pode causar inchaços, normalmente acometendo apenas um dos membros, de forma súbita, com piora progressiva, sem melhora com o repouso, acompanhado de dor no membro, podendo ter surgimento de vasos mais evidentes sob a pele e alterações na cor do membro, que pode ficar mais avermelhado ou azulado. No entanto, alguns pacientes não apresentam nenhum sintoma desses e a suspeita deve ser feita quando existe a presença de algum dos fatores de risco já mencionados anteriormente. Seu diagnóstico e tratamento são importantes pois, na fase aguda, existe um risco do trombo/coágulo se desprender da veia e migrar para os vasos do pulmão, causando a temida embolia pulmonar, que pode ser fatal. Na fase tardia, a trombose pode evoluir com um quadro chamado Síndrome pós-trombótica, com aparecimento de inchaço, varizes, escurecimento da pele da perna, alterações na espessura da pele e até surgimento de úlceras de difícil cicatrização. O tratamento, na maioria das vezes, é feito em casa com medicações orais denominadas anticoagulantes a fim de evitar o aumento dos coágulos e facilitar a estabilização dos mesmos. Além disso, o uso de meias elásticas de compressão, orientações quanto a correta execução de atividades físicas e cuidados com a pele são fundamentais para uma boa evolução e qualidade de vida!

As causas de dores nas pernas são inúmeras e uma das mais frequentes é a doença venosa (Insuficiência Venosa Crônica). A compreensão dos hábitos de vida de cada paciente, do seu histórico de saúde e comorbidades atuais, bem como um exame físico e ultrassonográfico com doppler detalhado permitem a diferenciação do diagnóstico e a proposta de tratamentos eficazes e possíveis de serem realizados no dia-a-dia de cada um.

Os equipamentos de realidade aumentada iluminam a área de interesse na pele com uma luz infravermelha inofensiva que, devido às suas características, é absorvida pelo sangue . Por causa dessa absorção, uma ”imagem” da posição do vaso pode ser representada na pele da área onde há a maior concentração de sangue (no caso, as veias). Essa representação facilita identificarmos veias nutridoras de vasinhos e telangiectasias, não visíveis a olho nu por estarem sob a pele e não identificadas ao ultrassom por serem muito superficiais e pequenas para serem definidas pela tecnologia ultrassonográfica.

A adequada visualização dessas veias nutridoras facilita a sua punção durante o tratamento, permitindo a identificação do vaso e acompanhamento em tempo real da injeção das substâncias esclerosantes em sua luz, levando a melhor precisão na punção, menor quantidade de punções e mais eficácia no tratamento. Permite, junto com a associação de exame físico adequado e utilização do ultrassom doppler, que todas as veias envolvidas no quadro apresentado por cada paciente sejam tratadas adequadamente.

Outra utilidade da realidade aumentada é facilitar a marcação das veias a serem retiradas nos procedimentos cirúrgicos de tratamento de varizes. Essa tecnologia permite que as incisões sejam feitas com exatidão, minimizando sangramentos, hematomas e cicatrizes, com recuperação mais rápida e excelentes resultados estéticos e funcionais da cirurgia.