Como surgem os vasinhos nas pernas? – Dra. Nelise Marvulo Skip to main content

Os vasinhos nas pernas são um problema estético comum que afeta muitas pessoas, principalmente mulheres. Essas pequenas veias dilatadas, também conhecidas como telangiectasias, podem surgir por diferentes razões e causar desconforto estético. Hoje vou falar sobre as principais causas dos vasinhos nas pernas e discutir opções de tratamento disponíveis para ajudar a melhorar a aparência e a saúde das pernas.

Causas dos vasinhos nas pernas:

  1. Predisposição genética: A tendência a desenvolver vasinhos pode ser transmitida geneticamente. Se você tem familiares que sofrem com esse problema, é mais provável que você também seja suscetível.
  2. Hormônios: As alterações hormonais, especialmente durante a gravidez, menopausa e uso de contraceptivos orais, podem desempenhar um papel importante no surgimento dos vasinhos. Os hormônios podem enfraquecer as paredes das veias, levando à dilatação e ao surgimento dos vasinhos.
  3. Envelhecimento: Com o passar do tempo, as veias podem perder sua elasticidade natural, o que pode levar ao aparecimento de vasinhos nas pernas.
  4. Estilo de vida sedentário: A falta de atividade física regular pode contribuir para o surgimento dos vasinhos, pois o movimento das pernas auxilia o bom funcionamento das veias e ajuda a manter a circulação adequada.
  5. Obesidade: O excesso de peso coloca pressão adicional nas veias, o que pode enfraquecê-las e levar à formação de vasinhos.
  6. Exposição solar excessiva: A exposição prolongada ao sol sem proteção adequada pode danificar a pele e os vasos sanguíneos, aumentando o risco de desenvolver vasinhos.

Tratamento dos vasinhos nas pernas:

  1. Escleroterapia: É o tratamento mais comum para os vasinhos. Consiste na injeção de uma substância esclerosante diretamente nas veias afetadas, fazendo com que elas se fechem e sejam gradualmente absorvidas pelo organismo.
  2. Laser ou luz pulsada: Esses tratamentos utilizam energia luminosa para aquecer e danificar os vasinhos, fazendo com que sejam eliminados gradualmente.
  3. Cirurgia a laser: Em casos mais avançados, pode ser necessária a remoção cirúrgica dos vasinhos através de pequenas incisões na pele, usando um laser especializado.
  4. Meias de compressão: O uso de meias de compressão graduada pode ajudar a melhorar a circulação nas pernas, aliviando os sintomas dos vasinhos e prevenindo o seu agravamento.

Embora os vasinhos nas pernas possam ser uma preocupação estética, eles também podem ser sintoma de problemas subjacentes na saúde vascular. É importante consultar um médico vascular para um diagnóstico adequado e um plano de tratamento personalizado.

Com os avanços tecnológicos disponíveis atualmente, existem diversas opções eficazes para tratar os vasinhos e melhorar a aparência das pernas. Além disso, adotar um estilo de vida saudável, incluindo a prática regular de exercícios e a proteção solar adequada, pode ajudar a prevenir o surgimento de novos vasinhos. Lembre-se de que cada caso é único, e um profissional especializado poderá orientá-lo na melhor abordagem para o seu caso em específico.

Leave a Reply

A obstrução do fluxo de sangue dentro de uma veia por um trombo (sangue na forma sólida) caracteriza a trombose venosa. Em geral esse problema acontece por alteração na consistência do sangue, na velocidade de fluxo dele dentro do vaso ou por lesões diretas na parede da veia. Tais situações podem ser encontradas em pacientes acamados, imobilizados, submetidos a cirurgias longas, pacientes que receberam medicações endovenosas, que sofreram algum traumatismo nos membros, que tiveram infecções graves, doenças do sangue, pacientes com câncer ou em tratamentos oncológicos, gestantes ou pacientes em uso de hormônios, etc. A trombose venosa pode causar inchaços, normalmente acometendo apenas um dos membros, de forma súbita, com piora progressiva, sem melhora com o repouso, acompanhado de dor no membro, podendo ter surgimento de vasos mais evidentes sob a pele e alterações na cor do membro, que pode ficar mais avermelhado ou azulado. No entanto, alguns pacientes não apresentam nenhum sintoma desses e a suspeita deve ser feita quando existe a presença de algum dos fatores de risco já mencionados anteriormente. Seu diagnóstico e tratamento são importantes pois, na fase aguda, existe um risco do trombo/coágulo se desprender da veia e migrar para os vasos do pulmão, causando a temida embolia pulmonar, que pode ser fatal. Na fase tardia, a trombose pode evoluir com um quadro chamado Síndrome pós-trombótica, com aparecimento de inchaço, varizes, escurecimento da pele da perna, alterações na espessura da pele e até surgimento de úlceras de difícil cicatrização. O tratamento, na maioria das vezes, é feito em casa com medicações orais denominadas anticoagulantes a fim de evitar o aumento dos coágulos e facilitar a estabilização dos mesmos. Além disso, o uso de meias elásticas de compressão, orientações quanto a correta execução de atividades físicas e cuidados com a pele são fundamentais para uma boa evolução e qualidade de vida!

As causas de dores nas pernas são inúmeras e uma das mais frequentes é a doença venosa (Insuficiência Venosa Crônica). A compreensão dos hábitos de vida de cada paciente, do seu histórico de saúde e comorbidades atuais, bem como um exame físico e ultrassonográfico com doppler detalhado permitem a diferenciação do diagnóstico e a proposta de tratamentos eficazes e possíveis de serem realizados no dia-a-dia de cada um.

Os equipamentos de realidade aumentada iluminam a área de interesse na pele com uma luz infravermelha inofensiva que, devido às suas características, é absorvida pelo sangue . Por causa dessa absorção, uma ”imagem” da posição do vaso pode ser representada na pele da área onde há a maior concentração de sangue (no caso, as veias). Essa representação facilita identificarmos veias nutridoras de vasinhos e telangiectasias, não visíveis a olho nu por estarem sob a pele e não identificadas ao ultrassom por serem muito superficiais e pequenas para serem definidas pela tecnologia ultrassonográfica.

A adequada visualização dessas veias nutridoras facilita a sua punção durante o tratamento, permitindo a identificação do vaso e acompanhamento em tempo real da injeção das substâncias esclerosantes em sua luz, levando a melhor precisão na punção, menor quantidade de punções e mais eficácia no tratamento. Permite, junto com a associação de exame físico adequado e utilização do ultrassom doppler, que todas as veias envolvidas no quadro apresentado por cada paciente sejam tratadas adequadamente.

Outra utilidade da realidade aumentada é facilitar a marcação das veias a serem retiradas nos procedimentos cirúrgicos de tratamento de varizes. Essa tecnologia permite que as incisões sejam feitas com exatidão, minimizando sangramentos, hematomas e cicatrizes, com recuperação mais rápida e excelentes resultados estéticos e funcionais da cirurgia.